sábado, 5 de setembro de 2020

DEUS EXISTE?














Há alguma evidência de que existe um Ser superior que se importa conosco? O universo e a vida foram planejados, ou tudo teria surgido como obra do acaso?

Esta pergunta costuma ser o ponto de partida para debates acirrados entre aqueles que acreditam e aqueles que negam a existência, e por isso o assunto é tão polêmico. Uma pesquisa encomendada pela rede BBC em dez países mostra que 92% dos entrevistados crê em Deus ou em algum poder superior inteligente. No entanto, esse tipo de opinião não é como uma fórmula matemática que pode ser comprovada ou desmentida através de cálculos e experimentos em laboratório. Trata-se, basicamente, de uma questão de fé. Mesmo assim, isso não significa que não há evidências em favor da Divindade. Várias pessoas já foram desafiadas a provar a existência de Deus racionalmente, e diversos argumentos convincentes surgiram ao longo da história. A intenção aqui, não é apresentar uma comprovação científica, mas mostrar que é possível deduzir logicamente que Deus existe, pois, embora não haja provas experimentais, há evidências que apontam para um Ser superior. É como se disséssemos que Deus passou pela história e deixou Suas pegadas, cabendo ao homem agora segui-las a fim de encontrá-lo. Lembrando que a lista de argumentos racionais é imensa, segue aqui alguns

 Argumento cosmológico

O primeiro argumento é cosmológico, e está baseado na ideia de que tudo aquilo que tem um início, precisa ter uma causa original. Ou seja, as coisas não passam a existir por acaso, pois sempre há um elemento causador. Qualquer livro que você está lendo teve um início concorda? Isso significa que existe uma causa por trás de sua criação. Várias pessoas se mobilizaram para desenvolver os artigos e permitir a sua impressão gráfica, resultando no material que você tem em mãos. Até mesmo os eventos físicos seguem essa lógica. Um objeto só começa a se mover se existir uma força geradora. Uma bola que estava parada precisa ser chutada por alguém para se mover em direção ao gol. Durante um tempo, os cientistas acreditaram que o universo não teve um início, mas que sempre teria existido. No entanto, o físico belga Georges LeMetrie, em 1927, propôs a teoria de que, em algum momento do passado, todo o universo estava concentrado em um mesmo ponto do espaço, e após esse momento inicial passou a se expandir, permanecendo em expansão até hoje. Essa teoria foi aperfeiçoada pelo americano George Gamow, passando a ser conhecida como a teoria do Big Bang, por descrever uma “explosão inicial” que teria dado origem ao universo. Ora, se tudo o que teve um início teve uma causa, como afirma o argumento cosmológico, e o universo teve um começo, de acordo com a teoria do Big Bang, isso quer dizer que ele também precisa de um agente causador. O problema é que a ciência não é capaz de identificar o que (ou quem) seria esse agente, e mesmo que conseguisse, ele mesmo ainda precisaria ter uma causa. A não ser que esse autor não tivesse um início, pois, nesse caso, não precisaríamos encontrar uma causa para ele. Essa é justamente a condição de Deus! Veja o que a Bíblia diz, em ( Salmos 90:2, “Antes que os montes nascessem e se formassem a Terra e o Mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus.”) Isso significa que Deus não tem início e nem fim, porque Ele existe “de eternidade a eternidade”. Portanto, a única explicação para a origem do universo seria um agente causador que não tem início, e essa posição só pode ser ocupada por Deus. Diante desse dilema, Oscar Niemeyer, um arquiteto brasileiro reconhecido mundialmente, e que era ateu declarado, disse o seguinte, em entrevista à Folha de São Paulo, em 27 de fevereiro de 2011: “Eu queria entender o Big Bang, afinal, pra ter uma explosão, é preciso haver matéria. Quem inventou a matéria do Big Bang?”

 Argumento do Design Inteligente

O argumento do Design Inteligente formou-se a partir da ideia de que a enorme complexidade e a perfeita ordem que podemos observar no mundo natural não seriam frutos de mera coincidência. Atualmente, vários cientistas trabalham com a hipótese de que existe um Projetista Inteligente responsável pela precisão que encontramos em todos os elementos da natureza. Desde o minúsculo átomo às gigantescas galáxias, tudo parece seguir um plano detalhado, e não o acaso. Imagine só: a Terra está a cerca de 150 milhões de quilômetros do Sol. Se o Sol estivesse um pouco mais distante, não haveria vida na Terra por causa do frio, e se estivesse um pouco mais perto, o calor destruiria tudo. Quem fez esse cálculo tão preciso? Não parece ser uma questão de sorte. Além disso, as formas de vida existentes em nosso planeta são evidências desse design. O instinto de localização das aves migratórias, a capacidade de camuflagem do camaleão, a metamorfose de uma lagarta em borboleta; tudo parece ter sido orquestrado por uma mente superior. Os próprios órgãos do nosso corpo são uma evidência de planejamento inteligente. O olho humano, por exemplo, é uma estrutura tão sofisticada que é impossível imaginar que seja o resultado do acaso evolutivo. Um sistema que permite a formação de imagens com uma resolução muito superior às máquinas fotográficas mais modernas, e que é formado por uma lente de foco variável (o cristalino) e um mecanismo que controla a entrada de luz (pupila), tudo funcionando ao mesmo tempo e instantaneamente. Uma obra-prima. Até mesmo o sistema de movimentação de uma simples bactéria é tão complexo que desafia a compreensão dos cientistas que não aceitam a existência de Deus. Como acreditar que todo esse nível de complexidade seja o resultado de mutações aleatórias, ao invés de um projeto original? Justamente por isso, a Bíblia diz que as pessoas não têm desculpas para não acreditar em Deus, pois Ele Se revela por meio das coisas criadas.( Romanos 1:20  Desde que Deus criou o mundo, as Suas qualidades invisíveis, isto é, o Seu poder eterno e a Sua natureza divina, têm sido vistas claramente. Os seres humanos podem ver tudo isso nas coisas que Deus tem feito e, portanto, eles não têm desculpa nenhuma”.) Parece ser necessário muito mais fé para duvidar da existência de Deus do que para aceitá-la.

 

Argumento moral

Você já parou para pensar por que acredita que o ato de roubar é errado? É por que a legislação proíbe? E se não existisse uma lei civil que condenasse o roubo, você ainda continuaria achando essa atitude errada? Segundo o argumento moral, Deus é a referência para os valores que definem o que é certo e errado em nosso comportamento. É por causa dEle que ações como roubar, mentir e matar são condenadas. Se Deus não existisse, todos os nossos conceitos de “bem” e “mal” seriam artificiais, pois seriam determinados apenas pela sociedade, e não por um padrão absoluto que afeta todos os seres humanos. No mundo natural, por exemplo, quando um animal rouba a caça de outro, não está fazendo nada condenável. Não podemos julgá-lo, porque os animais não possuem nenhuma referência moral. No entanto, os seres humanos possuem conceitos de “certo” e “errado” que continuam valendo mesmo na ausência das regras da sociedade. Do contrário, acharíamos normal que membros de uma cultura onde o assassinato não é crime, matassem uns aos outros. A razão de sempre condenarmos certos comportamentos é o fato de que existe, dentro de nós, uma bússola moral, que aponta para um padrão imutável, independente das circunstâncias. Dessa forma, entendemos que não é a sociedade que fabrica os valores morais. Pelo contrário, ela apenas reflete os conceitos de moralidade que são comuns a todos os seres humanos. Nós acreditamos em ideais como bondade, justiça e honestidade porque esses valores já estão naturalmente em nosso coração, colocados ali por Alguém. Se Deus não existisse, tudo seria relativo e permitido. Foi graças a esses e outros argumentos lógicos que muitos que um dia negaram a existência de Deus passaram a defendê-la. O cientista Antony Flew foi considerado o maior ateu do século vinte. Ele escreveu mais de trinta obras filosóficas, e por cinquenta anos percorreu o mundo fazendo seminários, palestras e debates argumentando a favor do ateísmo, o que lhe gerou inúmeros seguidores e o título de “O ateu mais influente de todos os tempos”. O que surpreende, no entanto, é que essas informações sobre a sua vida estão registradas no prefácio de sua obra intitulada Um ateu garante, Deus existe. O que fez um ateu tão convicto e influente como Antony Flew mudar de ideia? Ele mesmo afirma que o raciocínio lógico o levou até Deus. No entanto, embora toda essa lógica aponte para um Criador, e seja capaz de direcionar as pessoas até Ele, não é suficiente para levar alguém a crer, de fato, em Deus. Há um componente essencial que precisa estar presente para que a existência Deus deixe de ser uma hipótese, e se transforme em uma certeza. A crença em um Ser superior vai muito além do que a lógica humana pode explicar. Mesmo que a razão seja capaz de fortalecer nossas convicções, apenas a fé pode nos levar a acreditar em Deus. E essa fé só pode ser plenamente exercida quando a pessoa decide ter um relacionamento com o Criador, e passa a experimentar a Sua presença individualmente. A partir dessa relação íntima, toda dúvida é dissipada, não por causa de argumentos filosóficos, mas porque o indivíduo finalmente experimentou a presença divina. É mais ou menos o que acontece quando provamos um alimento pela primeira vez. As pessoas podem usar todos os argumentos possíveis para nos convencer de que aquilo é saboroso, mas só iremos acreditar, de fato, depois que decidirmos prová-lo.