O que a Bíblia diz sobre o Natal?
Postado
Por Carlos Eduardo
Origem
do natal
O
Natal é uma data em que se comemora o nascimento de Jesus Cristo,
más na realidade esta data nada tem a ver com a época em que Jesus
nasceu. Há relatos de que na antiguidade, o natal era comemorado em
várias datas diferentes, pois não se sabia com exatidão a data do
nascimento de Jesus. Quando buscamos informações à luz das
escrituras isto fica mais evidente. A história mostra que o dia 25
de dezembro foi popularizado como a data para o Natal, não porque
Cristo nasceu nesse dia, mas porque já era popular nas celebrações
pagãs como a data de nascimento do sol. Considerando que não existe
nenhuma escritura indicando a data do nascimento de Jesus, os
primeiros mestres cristãos sugeriram várias datas no calendário.
Clemente, escolheu 18 de novembro. Hipólito, achava que Cristo
tivesse nascido numa quarta-feira, Um documento anônimo, que se
acreditava ter sido escrito no norte da África por volta do ano 243
d.C., situava o nascimento de Jesus em 28 de março, foram muitas as
teorias a este respeito até se firmar em 25 de dezembro. e
prevalecer até os dias de hoje, portanto a origem do natal não se
sustenta como base sobre o sobre o nascimento de Jesus. Uma análise
cuidadosa das Escrituras, no entanto, mostra claramente que 25 de
dezembro é uma data improvável para o nascimento de Cristo. Aqui
estão as duas principais razões: Primeiro, sabemos que os pastores
estavam no campo cuidando de seus rebanhos no momento do nascimento
de Jesus, os pastores não ficavam no campo no mês de dezembro. De
acordo com o que diz a bíblia. ( Lucas
2:7-8 E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e
deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na
estalagem. Ora, havia naquela mesma comarca pastores que estavam no
campo, e guardavam, durante as vigílias da noite, o seu rebanho.)
de modo
que segundo o texto acima, no período em que Jesus nasceu, naquela
região o tempo era bom, e favorável ao pastoreio de ovelhas,
diferente do mês de dezembro onde o tempo é muito ruim naquela
região, o que não dar sustentação para se afirmar que ele tenha
nascido em 25 de dezembro.
Devemos
comemorar o natal?
Não
há, nenhuma parte da Bíblia que mostra que Jesus e seus seguidores
comemoravam o Natal. Existem dois perigos em que o cristão pode cair
na época do Natal. O primeiro é aceitar tudo o que a sociedade e
culturas atuais dizem que o Natal deve ser e como deve ser celebrado.
O segundo é rejeitar a festividade por completo e acabar por cair
numa espécie de legalismo, que nos distrai pois o natal tornou-se
uma época de consumismo, bebedeira, glutonaria, autogratificação,
superstição, crendices e outros comportamentos que a Bíblia
descreve como pecados que desqualificam uma pessoa de integrar o
Reino de Deus Soma-se a isso uma suposta origem obscura dos emblemas
natalinos e de dúvidas quanto à data em que é comemorado. Não é
imperativo celebrar o Natal. Afinal, não se trata de uma celebração
preceituada na Bíblia. Mas, em função da sociedade em que vivemos,
a época do Natal é culturalmente muito favorável para se concluir
que se trata de uma data muito rentável. Como vimos, o Natal é a
comemoração de um aniversário. Os primeiros cristãos não
comemoravam o Natal, porque só pessoas que não eram cristãs tinham
esse costume. Além disso, em nenhuma parte da Bíblia lemos que
Jesus ou outra pessoa comemorou o Natal. É por isso que milhões de
cristãos ao redor do mundo decidiram que não devem comemorar o
Natal.
É
errado se comemorar o natal?
Em
nossa cultura, o Natal é relevante demais para ser ignorado. Não
basta simplesmente agir como se esse dia, por não ser a data mais
provável do nascimento de Jesus, possa ser desprezado completamente.
Tentar desconstruir o Natal com medo de sucumbir a elementos não
cristãos associados a essa festa é virtualmente impossível. Quem
tentar fazer isso vai acabar se preocupando com o Natal mais do que
as pessoas que simplesmente o comemoram. Além disso, há vários
elementos positivos da tradição natalina que jamais devem ser
desconsiderados por pessoas que seguem Cristo. Atos de compaixão e
solidariedade para com os menos afortunados, ocasiões para reuniões
familiares, cultos especiais exaltando a importância da primeira
vinda de Cristo ao mundo, a graciosidade de Deus em conceder um
Redentor para a humanidade são algumas dentre as muitas tradições
natalinas que combinam perfeitamente com uma prática cristã fiel às
Escrituras. Aliás, elas podem ser resgatadas durante todo o ano. Mas
será que um cristão deve evitá-las apenas por que é a ocasião do
Natal e ele soube que Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro? Enfim,
será que é sábio desprezar todo o ensejo que o Natal proporciona
para atitudes que combinam com o Espírito de Cristo e se restringir
a combater a festividade pelo que ela tem de negativo? É algo para
se pensar! Quanto aos enfeites, como as árvores de Natal, que muitos
alegam ser reminiscências de antigas tradições pagãs, é
importante saber que as coisas não têm poderes malignos em si. Por
exemplo, quem morar numa casa em que existiu anteriormente um templo
pagão só receberá influências espirituais das entidades ali
outrora cultuadas se demonstrar alguma devoção a elas? O mesmo vale
para usar um objeto ou mesmo consumir um alimento dedicado ao culto
de falsos deuses. O apóstolo Paulo, fala em Romanos. (
Romanos 14:14 Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nenhuma
coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por
imunda; para esse é imunda. ) e
também em (1
Coríntios 8: 6,7 e 8 Todavia para nós há um só Deus, o Pai, de
quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo,
pelo qual são todas as coisas, e nós por ele. Mas nem em todos há
conhecimento; porque alguns até agora comem, com consciência do
ídolo, coisas sacrificadas ao ídolo; e a sua consciência, sendo
fraca, fica contaminada. Ora a comida não nos faz agradáveis a
Deus, porque, se comemos, nada temos de mais e, se não comemos, nada
nos falta.)
, esclarecendo que se servir de algo dedicado em um culto idólatra
só prejudica espiritualmente quem atribui um significado místico a
isso e nada mais. Os enfeites de Natal, se é que um dia tiveram um
emprego em rituais desta natureza, atualmente não recebem nenhuma
conotação exotérica ou santânica. Objetos como copos, pratos e
talheres sempre foram empregados no cerimonial pagão e seria insano
demonizá-los por isso. Não há sentido em temer uma possível
herança politeísta dos enfeites de Natal, pois não estão de
nenhuma forma relacionados hoje com a adoração aos ídolos. Muito
pelo contrário, cristãos que reverenciam o único Deus verdadeiro
(Jeová), têm adornado seus lares ao longo dos séculos por ocasião
do Natal sem reconhecer nos enfeites qualquer simbolismo de cunho
idolatra. Afinal, as coisas só têm um significado místico ou coisa
do gênero para os que creem nesse significado. Um cristão que
reconhece o que Cristo fez ao vir ao mundo não pode desprezar a
oportunidade cultural que o Natal proporciona de compartilhar a
mensagem de Cristo e de incentivar a adesão aos seus ensinamentos. O
fato de a data não ter sido estabelecida nas Escrituras não deve
servir de impedimento para aproveitar o contexto do Natal a fim de
proclamar que Cristo veio ao mundo morrer pelos pecados da humanidade
e virá outra vez para conceder a vida eterna aos que creram nele. Em
vista disso, aproveite o Natal como ocasião de receber Jesus como o
presente de Deus e de oferecê-lo a outras pessoas como o grande
presente que Deus quer dar a todos. Um Presente que proporciona a
libertação do pecado e confere vida eterna.
O
objetivo deste estudo é esclarecer pontos de vistas bíblicos e não
bíblicos sobre o tema, que sempre foi, e será objetos de
discursões.