DEUS
EXISTE?
Há
alguma evidência de que existe um Ser superior que se importa
conosco? O universo e a vida foram planejados, ou tudo teria surgido
como obra do acaso?
Esta
pergunta costuma ser o ponto de partida para debates acirrados
entre aqueles que acreditam e aqueles que negam a existência, e por
isso o assunto é tão polêmico. Uma pesquisa encomendada pela rede
BBC em dez países mostra que 92% dos entrevistados crê em Deus ou
em algum poder superior inteligente. No entanto, esse tipo de
opinião não é como uma fórmula matemática que pode ser
comprovada ou desmentida através de cálculos e experimentos em
laboratório. Trata-se, basicamente, de uma questão de fé. Mesmo
assim, isso não significa que não há evidências em favor da
Divindade. Várias pessoas já foram desafiadas a provar a existência
de Deus racionalmente, e diversos argumentos convincentes
surgiram ao longo da história. A
intenção aqui,
não é apresentar uma comprovação científica, mas mostrar que é
possível deduzir logicamente que Deus existe, pois, embora não haja
provas experimentais, há evidências que apontam para um Ser
superior. É como se disséssemos que Deus passou pela história e
deixou Suas pegadas, cabendo ao homem agora segui-las a fim de
encontrá-lo.
Lembrando que a lista de argumentos racionais é imensa, segue
aqui alguns
Argumento
cosmológico
O primeiro argumento é cosmológico,
e está baseado na ideia de que tudo aquilo que tem um início,
precisa ter uma causa original. Ou seja, as coisas não passam a
existir por acaso, pois sempre há um elemento causador. Qualquer
livro que você está lendo teve um
início concorda?
Isso significa que existe uma causa por trás de sua criação.
Várias pessoas se mobilizaram para
desenvolver os artigos e permitir a sua impressão gráfica,
resultando no material que você tem em mãos. Até mesmo os eventos
físicos seguem essa lógica. Um objeto só começa a se mover se
existir uma força geradora. Uma bola que estava parada precisa ser
chutada por alguém para se mover em direção ao gol. Durante
um tempo, os cientistas acreditaram que o universo não teve um
início, mas que sempre teria existido. No entanto, o físico belga
Georges LeMetrie, em 1927, propôs a teoria de que, em algum momento
do passado, todo o universo estava concentrado em um mesmo ponto do
espaço, e após esse momento inicial passou a se expandir,
permanecendo em expansão até hoje. Essa teoria foi aperfeiçoada
pelo americano George Gamow, passando a ser conhecida como a teoria
do Big Bang, por descrever uma “explosão inicial” que teria dado
origem ao universo. Ora,
se tudo o que teve um início teve uma causa, como afirma o argumento
cosmológico, e o universo teve um começo, de acordo com a teoria do
Big Bang, isso quer dizer que ele também precisa de um agente
causador. O problema é que a ciência não é capaz de identificar o
que (ou quem) seria esse agente, e
mesmo que conseguisse, ele mesmo ainda precisaria ter uma causa. A
não ser que esse autor não tivesse um início, pois, nesse caso,
não precisaríamos encontrar uma causa para ele. Essa é justamente
a condição de Deus! Veja o que a Bíblia diz, em (
Salmos 90:2, “Antes que os montes nascessem e se formassem a Terra
e o Mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus.”)
Isso significa que Deus não tem início e nem fim, porque Ele existe
“de eternidade a eternidade”. Portanto, a única explicação
para a origem do universo seria um agente causador que não tem
início, e essa posição só pode ser ocupada por Deus. Diante desse
dilema, Oscar Niemeyer, um arquiteto brasileiro reconhecido
mundialmente, e que era ateu declarado, disse o seguinte, em
entrevista à Folha de São Paulo, em 27 de fevereiro de 2011: “Eu
queria entender o Big Bang, afinal, pra ter uma explosão, é
preciso haver matéria. Quem inventou a matéria do Big Bang?”
Argumento
do Design Inteligente
O
argumento do Design Inteligente formou-se a partir da ideia de que a
enorme complexidade e a perfeita ordem que podemos observar no mundo
natural não seriam frutos de mera coincidência. Atualmente, vários
cientistas trabalham com a hipótese de que existe um Projetista
Inteligente responsável pela precisão que encontramos em todos os
elementos da natureza. Desde o minúsculo átomo às gigantescas
galáxias, tudo parece seguir um plano detalhado, e não o acaso.
Imagine só: a Terra está a cerca de 150 milhões de quilômetros do
Sol. Se o Sol estivesse um pouco mais distante, não haveria vida na
Terra por causa do frio, e se estivesse um pouco mais perto, o calor
destruiria tudo. Quem fez esse cálculo tão preciso? Não parece ser
uma questão de sorte. Além disso, as formas de vida existentes em
nosso planeta são evidências desse design. O instinto de
localização das aves migratórias, a capacidade de camuflagem do
camaleão, a metamorfose de uma lagarta em borboleta; tudo parece ter
sido orquestrado por uma mente superior. Os próprios órgãos do
nosso corpo são uma evidência de planejamento inteligente. O olho
humano, por exemplo, é uma estrutura tão sofisticada que é
impossível imaginar que seja o resultado do acaso evolutivo. Um
sistema que permite a formação de imagens com uma resolução muito
superior às máquinas fotográficas mais modernas, e que é formado
por uma lente de foco variável (o cristalino) e um mecanismo que
controla a entrada de luz (pupila), tudo funcionando ao mesmo tempo e
instantaneamente. Uma obra-prima. Até mesmo o sistema de
movimentação de uma simples bactéria é tão complexo que desafia
a compreensão dos cientistas que não aceitam a existência de Deus.
Como acreditar que todo esse nível de complexidade seja o resultado
de mutações aleatórias, ao invés de um projeto original?
Justamente por isso, a Bíblia diz que as pessoas não
têm desculpas para não acreditar em Deus, pois Ele Se revela
por meio das coisas criadas.(
Romanos 1:20 “Desde
que Deus criou o mundo, as Suas qualidades invisíveis, isto é, o
Seu poder eterno e a Sua natureza divina, têm sido vistas
claramente. Os seres humanos podem ver tudo isso nas coisas que Deus
tem feito e, portanto, eles não têm desculpa nenhuma”.)
Parece ser necessário muito
mais fé para duvidar da existência de Deus do que para aceitá-la.
Argumento
moral
Você
já parou para pensar por que acredita que o ato de roubar é errado?
É por que a legislação proíbe? E se não existisse uma lei civil
que condenasse o roubo, você ainda continuaria achando essa atitude
errada? Segundo o argumento moral, Deus é a referência para os
valores que definem o que é certo e errado em nosso comportamento. É
por causa dEle que ações como roubar, mentir e matar são
condenadas. Se Deus não existisse, todos os nossos conceitos de
“bem” e “mal” seriam artificiais, pois seriam determinados
apenas pela sociedade, e não por um padrão absoluto que afeta todos
os seres humanos. No mundo natural, por exemplo, quando um animal
rouba a caça de outro, não está fazendo nada condenável. Não
podemos julgá-lo, porque os animais não possuem nenhuma referência
moral. No entanto, os seres humanos possuem conceitos de “certo”
e “errado” que continuam valendo mesmo na ausência das regras da
sociedade. Do contrário, acharíamos normal que membros de uma
cultura onde o assassinato não é crime, matassem uns aos outros. A
razão de sempre condenarmos certos comportamentos é o fato de que
existe, dentro de nós, uma bússola moral, que aponta para um padrão
imutável, independente das circunstâncias. Dessa forma, entendemos
que não é a sociedade que fabrica os valores morais. Pelo
contrário, ela apenas reflete os conceitos de moralidade que são
comuns a todos os seres humanos. Nós acreditamos em ideais como
bondade, justiça e honestidade porque esses valores já estão
naturalmente em nosso coração, colocados ali por Alguém. Se Deus
não existisse, tudo seria relativo e permitido. Foi graças a esses
e outros argumentos lógicos que muitos que um dia negaram a
existência de Deus passaram a defendê-la. O cientista
Antony Flew foi considerado o maior ateu do século vinte.
Ele escreveu mais de trinta obras filosóficas, e por cinquenta anos
percorreu o mundo fazendo seminários, palestras e debates
argumentando a favor do ateísmo, o que lhe gerou inúmeros
seguidores e o título de “O ateu mais influente de todos
os tempos”. O que surpreende, no entanto, é que essas informações
sobre a sua vida estão registradas no prefácio de sua obra
intitulada Um ateu garante, Deus
existe. O que fez um ateu tão
convicto e influente como Antony Flew mudar de ideia?
Ele mesmo afirma que o raciocínio lógico o levou até Deus. No
entanto, embora toda essa lógica aponte para um Criador, e seja
capaz de direcionar as pessoas até Ele, não é suficiente para
levar alguém a crer, de fato, em Deus. Há um componente essencial
que precisa estar presente para que a existência Deus deixe de ser
uma hipótese, e se transforme em uma certeza. A crença em um Ser
superior vai muito além do que a lógica humana pode explicar. Mesmo
que a razão seja capaz de fortalecer nossas convicções, apenas a
fé pode nos levar a acreditar em Deus. E essa fé só pode ser
plenamente exercida quando a pessoa decide ter um relacionamento com
o Criador, e passa a experimentar a Sua presença individualmente. A
partir dessa relação íntima, toda dúvida é dissipada, não por
causa de argumentos filosóficos, mas porque o indivíduo finalmente
experimentou a presença divina. É mais ou menos o que acontece
quando provamos um alimento pela primeira vez. As pessoas podem usar
todos os argumentos possíveis para nos convencer de que aquilo é
saboroso, mas só iremos acreditar, de fato, depois que decidirmos
prová-lo.